segunda-feira, 24 de maio de 2010

As sete lições do bambu...

Estava aqui pensando nas nossas misérias humanas, como somos difíceis, birrentos, emburrados em tudo, inclusive em nosso ministério, sempre acontece alguma coisa que nos tira do foco, que nos deixa no chão, mas como nós gostamos de permanecer caídos, por meses, as vezes por anos. Puxa! Deus tem muita paciência com a gente, parece que precisa ficar implorando para que a gente coloque nossos dons à serviço, dons que ele mesmo nos deu,  mas porque não fazemos isso com gratuidade, com disposição, com gratidão. Isso! Gratidão é a palavra. Ingratos é o que somos.
Creio que todo mundo tá careca de saber as lições do bambu, porque assim como Jesus fazia naquela época, hoje existem tantas fábulas que nos puxam as orelhas, que nos dizem de uma forma maquiada o que precisamos ouvir, deixo pra vocês  as lições do bambu  pra você catequista, que está desanimado achando que seus encontros são uma lástima, que não atinge ninguém, pra você que não suporta mais esse grupo de catequista que não fala a mesma lingua, pra você que não tem apoio de ninguém, pra você que está cheio de problemas particulares, financeiros, com doenças... Quem sabe, enquanto passamos por tudo isso e ainda assim permanecemos na catequese, estamos dando esse tempo para que nossas raízes se fortaleçam... vamos reler, as várias lições que aprendemos com o Senhor Bambu...
Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada.
Durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas, uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída.
Na catequese somos semelhantes ao bambu: você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e, às vezes não vê nada por semanas, meses, ou anos.
Mas, se tivermos paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará, e, com ele, virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava.
O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, não desistirmos facilmente diante das dificuldades que sempre surgem.
É preciso muita persistência, paciência, muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão.
Qual é o catequista que nunca passou por fortes tempestades, permanecendo por uma grande período no chão, mas que depois se ergue mais forte, nunca desistindo de sua missão...
*******************************************************************************************
As sete lições do bambu ( vejo que podemos bem usá-las como Catequistas)
Depois de uma grande tempestade, um rapazinho que estava a passar férias em casa do seu avô, chamou-o, da varanda, e disse:

-Vovô, vem cá depressa! Explica-me porque motivo é que o tronco desta árvore tão frondosa e tão grande, que precisava de quatro homens para a abraçar, se partiu, caiu com o vento e com a chuva, e… este bambu tão fraco continua de pé!

-Olha, meu filho, este bambu permanece de pé porque teve a humildade de se curvar na hora da tempestade. Aquela grande árvore quis enfrentar o vento. O bambu ensina-nos sete verdades. Se tiveres a grandeza e a humildade dele, vais experimentar o triunfo da paz no teu coração.

E o bom do velhinho prosseguiu a sua lição ao seu querido netinho interessado em aprender:

A primeira verdade que o bambu nos ensina, e a mais importante, é a humildade diante dos problemas, diante das dificuldades. Eu não me curvo diante do problema e da dificuldade, mas diante daquele que é o único princípio da paz, que é o Senhor.

A segunda verdade: o bambu cria raízes profundas. É muito difícil arrancar um bambu, pois o que ele tem para cima, tem também para baixo. Tu precisas de aprofundar, em cada dia, as tuas raízes em Deus, nas tuas orações.

A terceira verdade: Tu já viste um pé de bambu sozinho? Apenas quando é novo, mas antes de crescer ele permite que nasçam outros a seu lado. Sabe que vai precisar deles. Eles es¬tão sempre bem agarrados uns aos outros, de tal forma que de longe parecem uma única árvore, parecem uma família… Às vezes tentamos arrancar um bambu lá da moita que eles formam. Tentamos cortar e não conseguimos. Os animais mais frágeis vivem em bandos para, desse modo, se protegerem dos predadores.

A quarta verdade que o bando de bambus nos ensina é não criar galhos. Como a sua meta é o alto e vive em moita, em comunidade, o bambu não quer criar galhos. Nós perdemos muito tempo na vida a tentar proteger os nossos galhos, coisas insignificantes a que damos um valor inestimável. Filho, para ganhar é preciso perder tudo aquilo que nos impede de subirmos suavemente.

A quinta verdade é que o bambu está cheio de “NÓS”, e não de “EUS”. Como ele é oco sabe que, se crescesse sem nós, seria mais fraco. Os nós são os problemas e as dificuldades que superamos, são as pessoas que nos ajudam, aqueles que estão próximos e acabam por ser uma força nos momentos difíceis. Não devemos pedir a Deus que nos afaste dos problemas e dos sofrimentos. Eles são os nossos melhores professores, se soubermos aprender com eles e simplesmente passar por eles.

A sexta verdade é que o bambu é oco, vazio de si mesmo. Enquanto não nos esvaziarmos de tudo aquilo que nos enche, que nos rouba o tempo, que nos tira a paz, que ocupa os nossos pensamentos, não seremos felizes. Ser oco significa estar pronto para ser ocupado pela luz do Espírito santo.

Por fim, a sétima verdade que o bambu nos dá é exatamente o título de um livro: “Ele só cresce para o alto“. Ele busca as coisas do Alto. Esse é o seu destino. Essa é a sua meta. Sejamos como o bambu: ele verga, mas não quebra.

(Padre Léo, do livro “Buscando as coisas do Alto”)

Um comentário:

  1. Já li este livro do Pe Léo e conheço bem a história do bambu. E devemos sempre lembrá-la para não perdermos o foco, -Jesus-.
    Colocar essas verdades sempre em nossa catequese, para quando chegar as tempestades, dobrarmos os joelhos e não nos romper diante da tribulação! Lindooo Imaculada!

    ResponderExcluir

Seu comentário é sempre muito importante!
Não conseguiu comentar?? Calma, não saia ainda, escolha e opção ANÔNIMO e não esqueça de se identificar no final de sua mensagem!
Viu só, que fácil! Volte sempre!