quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Isso acontece também com você???

Olha, minha amada santinha, vou te contar um segredo, isso também acontece comigo... por mais que eu ame Nossa Senhora, pois mais que eu ame rezar o terço em grupo, sozinha é sempre um sacrifício... como me confortou ler isso!! Sempre que me vejo aflita digo: "Mãezinha, vinde em meu socorro, ou somente Socorro Mãezinha" . E ela sempre conforta meu coração.
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"Fora do serviço divino, que sou muito indigna de recitar, não tenho coragem para me obrigar a procurar nos livros belas orações; isso faz-me doer a cabeça, há tantas..., e todas tão belas, tanto umas como as outras...

Não quereria, contudo, minha Madre, que pensásseis que recito sem devoção as orações feitas em comum no coro ou nas ermidas. Pelo contrário, gosto muito das orações em comum, pois Jesus prometeu estar no meio daqueles que se reúnem em Seu nome (Mt 18,19-20). Sei que então o fervor das minhas irmãs faz as vezes do meu; mas rezar o terço sozinha (envergonho-me de o confessar) custa-me mais do que pôr um instrumento de penitência...

Reconheço que o rezo tão mal! Por mais que me esforce por meditar os mistérios do rosário, não consigo concentrar a atenção... Durante muito tempo desolei-me por essa falta de devoção que me surpreendia, pois amo tanto a Santíssima Virgem que me deveria ser fácil rezar em sua honra orações que lhe são agradáveis. Agora desolo-me menos, pois penso que a Rainha dos Céus, sendo minha Mãe, verá a minha boa vontade e contentar-se com ela.

Algumas vezes, quando o meu espírito está numa secura tão grande que me é impossível arrancar-lhe algum pensamento para me unir a Deus, recito muito devagarinho um Pai Nosso e depois a saudação angélica [«Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Lc 1,28]. Então estas orações encantam-me, alimentam muito mais a minha alma do que se as tivesse recitado precipitadamente uma centena de vezes... "

Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897), carmelita, doutora da Igreja. Manuscrito autobiográfico C, 25 r°-v°

Dica para encontro com pais...

ÀS vezes buscamos algo que seja interessante, conveniente, oportuno para trabalhar num encontro com pais. Deixo uma sugestão. Procure, estude, convide um profissional que possa desenvolver o tema: 'SINDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL'. Com certeza trabalhando bem esse tema, estamos contribuindo para que nossos catequizandos não sofram ou deixem de sofrer tamanha violência.  Abordei essa tema aqui, em junho de 2010. Está na barra lateral em MARCADORES. É importante que nesse encontro participem os dois, o pai e a mãe, mesmo que  estejam separados. É importante frisar que  pai e mãe, não deixa de cumprir seu papel por conta de uma separação. E lembrando que essa violência não acontece somente em caso de separação, pois sabemos que as piores guerras está entre os casais que se 'suportam'. E normalmente quem está no meio de 'guerra', são os filhos, metralhados por todos os lados...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

resposta ao querido "CRIPPLE'...


Amado CRIPPLE, digo amado, por que meu coração aqueceu quando li seus comentários, e isso aconteceu de uma forma que não sei explicar. Exitei em dar uma resposta, mas o espaço aqui é para criar uma comunicação e valorizo o  tempo que dedicou, fazendo suas colocações. Por isso, tomei a liberdade em publicar, para que assim, possamos aprender com você., revendo algumas coisas em nosso fazer catequético.
Que bom que chegou ao meu blog, mesmo que tenha sido na busca de "Valdomiro Santiago". Espero que você também não tenha entendido nosso trabalho de conscientização sobre o dízimo como "trízimo".
Destaco aqui partes de sua fala: " "catequizados por interesse familiar",  "geralmente da mãe", "essa questão de tradição"...

A família, os pais, tem o dever não só de suprir as necessidades materiais dos filhos, como escola, alimentação, vestuário, dentista, etc... mas como família cristã, é responsável pela educação da fé e isso não é tarefa da mãe, é dos dois, mesmo que não vivam juntos. Essa educação, iniciação na fé, começa desde o ventre materno e se estende por toda vida. Desde pequenos, os pais direciona o filho para aquilo que é bom e mostra o que não é. Assim, vai sendo formado nessa criança uma consciência crítica das coisas, inclusive das coisas de Deus, aliás a religião tem papel extremamente relevante nessa parte.

O erro que acontece com certa frequência é que muitos pais transmite essa responsabilidade para a Igreja, para o catequista. E nossa função não é essa, mas sim de AJUDAR esses pais, fortalecendo a catequese recebida em casa, aí entramos sim com doutrinas, conceitos, fazendo com que esse encontro com  a pessoa de JESUS, seja fortalecido. Pois amamos aquilo que conhecemos bem.

E a catequese, nada mais é do que a APRESENTAÇÃO DA PESSOA DE JESUS, humano, divino, enviado por Deus, que sofreu e morreu por mim e por  você. A propósito eu te pergunto: "QUEM É JESUS PRA VOCÊ?" 

E toda essa transmissão deve ser feita de uma maneira leve, com unção, amor, pois quando somos jogados na catequese, sem que se tenha uma experiência de Deus, sem ser explicado os porquês, acontece o que você acaba de dizer, apenas cumprindo uma tradição. E olha, infelizmente, e é com pesar que falo isso, a maioria de nossos catequizandos estão na catequese por tradição e muitos por superstição.

Por isso, estamos na luta para mudar isso, pois  catequese vai muito além de cumprir uma tradição. E quando essa tradição é imposta, acontece o que aconteceu com você, acaba por afastar. Com as coisas de Deus, é preciso CONQUISTA. Jesus quando ele passava por um grupo, ou por uma pessoa, ele não apontava o dedo e puxava pelos cabelos, ele exalava Deus, ele olhava nos olhos, amava aquele indivíduo e depois dizia em poucas palavras; "VEM E SEGUE-ME". e o que eles faziam? Nem questionavam, largavam de lado as redes e o seguia, com o coração ardendo de amor, louco pra conhecerem um pouco mais daquela pessoa.E quando eles estavam bem familiarizados com ele, queriam que outras pessoa fizessem a experiência desse encontro com o MESTRE, e assim tse tornavam discípulos missionários.

Então, meu querido CRIPPLE (desculpa te chamar assim) você tem razão, quando as coisas acontecem por tradição, quase nunca funciona.
Você cita casos de pessoas que mesmo fazendo a primeira Eucaristia, extraviaram-se do caminho. Eu também conheço e convivo com um monte de gente assim, jovens que foram seduzidos pelas coisas do mundo e jovens que passaram por nossas catequeses.  E sempre veremos isso, pois Deus nos deu a liberdade e muitas vezes não sabemos lidar com ela. E para se manter no caminho, meio a tantas seduções do mundo moderno, é preciso muita luta.

Você me pareceu uma pessoa bem culta, informada, faça uma pesquisa, e verás que o número de pessoas envolvidas no crime, nas drogas é muito, mas muito maior entre os que não tiveram a oportunidade de  uma formação religiosa, não tiveram seu encontro pessoal com Cristo. E isso acontece até mesmo com jovens que frequentaram a catequese, Acredita? Não pode se abrir brechas neh! Abriu, já era. Mas, aí temos o nosso Pai misericordioso que ama com todas as forças aquele que saiu do caminho e o espera com paciência.

Achei lindo quando você fala da sua mãe, da cristã fervorosa que ela se tornou, mesmo sendo batizada na idade adulta. Verdade, isso acontece mesmo, também já tive a felicidade de ver isso. Na verdade, todo ser humano tem essa necessidade de Deus, é uma busca constante e mais cedo ou mais tarde isso acontece. E que bom quando isso acontece desde pequeno. Mas, nunca é tarde e pra isso não se tem idade. Eu por exemplo, preparei uma senhora de 82 anos para receber ter seu primeiro encontro com Cristo na Eucaristia. Foi lindo, aprendi muito mais que ensinei, com sua história de vida.

Sabe, eu queria muito que quando você lesse essas minhas palavras,  pudesse sentir no seu coração uma voz te dizendo: "EU TE AMO MUITO E SEMPRE TE AMAREI, DARIA MINHA VIDA POR TI, MIL VEZES SE FOSSE PRECISO"

Obrigada por tuas palavras, por tuas colocações, aprenderei muito com elas e com certeza a partir de hoje, serei uma catequista melhor... Obrigada! Espero de verdade que você se encontre, suas palavras tem força e Deus pode fazer um arraso através de você. Acredite nisso! Paz e bem! Se puder ajudá-lo em alguma coisa, estou por aqui!
..."um pedido de apostasia na própria paróquia onde eu fui batizado.'
menino, isso é muito sério,  seria o mesmo que pedir para "desbatizar", isso não é possível, você possui uma marca indelével que conquistou no seu Batismo.
...jovens, jovens, ah, se soubesses a força que tens, mudaria o mundo...(João Paulo II)

"Caí aqui pelo Google procurando por algumas falcatruas do Valdomiro Santiago. Mas vão por mim, hoje muitos jovens que foram catequizados por interesse familiar (geralmente da mãe) em manter essa questão de tradição acabam tornando-se laicos (mas não necessariamente ateus), eu pude observar isso junto a alguns amigos meus ."28 de fevereiro de 2012 04:50

"Tive um monte de vizinhos e colegas de escola que fizeram a 1ª comunhão aos 10 anos, além de um primo meu (que virou ladrão) e um vizinho bichinha que fizeram com 9. Acho meio complicado essa questão de idade para catequese, minha mãe por exemplo só foi batizada (por vontade própria) depois de crescida e é católica fervorosa...


Quando eu tinha uns 8 anos a minha mãe já vinha começando a falar que queria me matricular na catequese e dizer que eu tinha que comungar, mas eu resisti a essa idéia. Depois quando eu tinha uns 12 anos a minha avó materna foi quem começou a cismar que eu deveria entrar para a catequese, o que acabou não acontecendo embora elas estivessem quase me vencendo pelo cansaço de tanto insistirem. Com 13 anos eu renunciei ao cristianismo e ainda comecei a me declarar ateu, e a minha mãe para me castigar por ter revidado a uma agressão na escola aproveitou a deixa para me arrastar para a igreja durante alguns meses.


Por mais que ela alegasse não fazer isso para me castigar, a intenção dela era claramente essa. Desde quando ela relaxou o castigo eu nunca mais pus meus pés num templo católico. Aos 14 anos eu acabei deixando de lado o ateísmo, depois de um acidente de moto do qual eu saí no lucro por quebrar só uns dedos do pé direito (eu estava todo errado, menor de idade com uma moto "encabritada" e sem o conhecimento dos pais sobre a moto caindo a 140km/h sem nenhum equipamento de segurança mais sofisticado), mas não retornei ao cristianismo e passei a me interessar pela filosofia da religião judaica, que era praticada por antepassados meus na Espanha e Portugal até a época da Inquisição e na Polônia até a época do nazismo.


Quando eu tinha 16 anos a minha relação com a minha mãe ia se deteriorando cada vez mais por causa do meu abandono total do catolicismo (parei até de comer porco e camarão, duas coisas que eu adorava), a ponto de na época que ela e o meu pai estavam se separando ela ter ameaçado me matricular na catequese caso eu tivesse ido morar com ela. Agora morando novamente na minha cidade natal fica mais fácil até para eu formalizar um pedido de apostasia na própria paróquia onde eu fui batizado

Quanto ao "trízimo", quem já pôs os pés numa igreja neopentecostal mesmo que fosse só por curiosidade sabe bem como funciona, tem muito pastor que vai para os cultos depois de cheirar cocaína para agüentar o ritmo das campanhas arrecadatórias..."

28 de fevereiro de 2012 04:41




domingo, 26 de fevereiro de 2012

Senta que lá vem a história... das idades!!!

Olá amados!!
Depois da postagem do "trízimo", voltemos ao assunto da questão da idade pra entrar na catequese.
Sabe, o que eu mais queria, ser mestrada em catequese, uma catequeta daquelas capaz de responder a todas as dúvidas dos catequistas desse mundão de meu Deus. Mas, não sou nada disso, tenho mais dúvidas que muitos que passam por aqui.

E sabe o que queria também?
Queria muito um diretório diocesano de catequese, pois não temos. Queria participar de uma mesa redonda com várias pessoas apaixonadas pela catequese, para discutir, ouvir,  argumentar, chegar num contexto com relação ao nosso fazer catequético, que  fosse de uma forma organizada, pensada, planejada, amada. Acho que assim, daríamos menos murro em ponta de faca. Olha, quer saber, não queria nada, EU QUERO! 

Entendo que mesmo fazendo parte de uma mesma diocese, temos realidades e necessidades diferentes, mas no mínimo a idade pra se receber a Eucaristia e Crisma, teríamos que falar a mesma língua. Não existe idade certa pra entrar na catequese, se essa ou aquela paróquia aceita crianças com 05,06, 07, isso  vai  da disponibilidade de espaço físico e ter a graça de contar com número suficiente de catequistas para receber tais crianças, o que não é nosso caso. O ideal seria, se pudéssemos acolhê-los bem pequeninos, antes que fossem deformados.

Agora, respondendo ao pedido do alexandre e da Dilza, coloco abaixo como acontece a catequese aqui, deixando claro que a cada ano estamos tentando melhorar a catequese, aqui como em qualquer lugar  nada é perfeito, estamos em construção...

"Olá, sou coodenador paroquial da catequese de crisma em minha paróquia ( Jesus, Maria e José) fiquei encantado com o blog Sou catequista de IVC. Fiquei curioso quanto as etapas e o tempo da crisma na sua paróquia e gostaria se pudesse discorrer um pouco sobre tal, a fim de que possa junto aos catequistas e o pároco possamos melhorar esse serviço gratificante." Att; Alexandre Vieira- Pernambuco

"gostaria de saber sobre a idade certa da criança entrar na catequese, na minha paróquia estamos meios perdidos quanto a isso, no ano passado adolecentes de 13 e 14 anos receberam o sacramento do crisma achei que eram muito imaturas pra isso... o que vc sabe sobre isso? " Dilza sousa- Bahia

... Alexandre, Dilza, aqui acontece da seguinte forma:

08 anos - Pré-catequese (estamos nos estruturando para acolher as crianças de 07 anos, sendo assim, a criança que entrar com sete, ficará dois anos na pré, com temas e material diferente.)
09 anos  - Iniciação Cristã I (Eucaristia)1º ano e 2º ano
Normalmente recebem a Eucaristia com 11 anos...
Automaticamente vão para  a Iniciação Cristã II (perseverança) - 02 anos.
Depois seguidamente, vão para a Iniciação Cristã III (crisma) - dois anos. Enfim, a crisma acontece por volta dos 15 anos.
Estamos fazendo das tripas coração para que não se quebre esse itinerário, para que os catequizandos não parem na Eucaristia.

Os que entram com 11 anos, nesse caso  fazem dois anos pra Eucaristia normalmente, pulando a etapa da perseverança, indo direto pra Crisma (dois anos).
Os retardatários que entram com 12, quase  13, entram na etapa da Crisma, ali  se preparam para os dois sacramentos, em alguns casos para os 03: Batismo, Eucaristia e Crisma, isso em dois anos.
Depois temos a iniciação cristã com adultos.(de dois a tres anos, não tem um tempo previsto, depende do amadurecimento do catequizando)

Essa é nossa realidade, que não é a mesma em toda diocese.

Então esse assunto da idade é meio espinhoso e pelo visto muiiiito flexsível.
Vamos ler o que se segue abaixo, pra retomar nossa prosa...

Um grande Papa canonizado pela Igreja, São Pio X, dedicou precisamente às crianças não pouca atenção e esforço pastoral. Em 8 de agosto de 1910, via emanado o Decreto “Quam Singulari”, através do qual o Santo Padre Pio X estabelecia que se podiam admitir as crianças na Primeira Comunhão desde a idade de sete anos.

O cânon 914 acolheu plenamente o pensamento do Pontífice: “Os pais, em primeiro lugar, assim como também o pároco, têm obrigação de procurar que as crianças que chegaram ao uso da razão se preparem convenientemente e se nutram o quanto antes, prévia Confissão sacramental, com este alimento divino”.

O Santo Padre João Paulo II, voltou sobre aquela decisão de São Pio X com palavras de admiração; o fez em seu livro “Levantai-vos! Vamos!”: “Um testemunho comovedor de amor pastoral pelas crianças deu meu predecessor São Pio X, com sua decisão sobre a Primeira Comunhão. Não somente reduz a idade necessária para aproximar-se à Mesa do Senhor, da qual eu mesmo me aproveitei em maio de 1929, mas que deu a possibilidade de receber a comunhão inclusive antes de ter completado os sete anos se a criança mostrar ter suficiente discernimento. A Sagrada Comunhão antecipada foi uma decisão pastoral que merece ser recordada e louvada. Produziu muitos frutos de santidade e de apostolado entre as crianças, favorecendo que surgissem vocações sacerdotais” (João Paulo II Levantai-vos!)

Ficou claro aqui a posição desses dois queridos santos papas. E seria maravilhoso se isso pudesse acontecer em nossos dias. Se deparássemos com famílias ansiosas por iniciar seus filhos na vida eucarística. Não vou negar que existem sim, algumas famílias e crianças que com sete anos, tem um desejo profundo  de receber Jesus Eucarístico, porque entendem, porque presenciam o que os pais recebem. Vejo até que casos assim, deveriam ser tratados à parte, mas não, fazemos tudo igual, iniciado com não iniciados, uma salada mista. Os que estão à frente, já com uma caminhada, tem que esperar o caminhar dos outros, e isso acaba se tornando regras, normas.

Salvo essas excessões, a maioria vem pra nós zerados nas coisas de Deus, no conhecimento, na intimidade com nosso amigo Jesus. E deixá-los receber a Eucaristia com sete, oito, nove anos, seria o mesmo que distribuir "bolachinhas" em massa.

O pior é quando se adianta a vida eucarística da criança e não oferece uma proposta de uma catequese continuada. Tá, fez a primeira Eucaristia, e aí??? Vá pra casa e volta quando quiser e se quiser???

Dentro dessa proposta de catequese em estilo catecumenal o objetivo não é que ele receba a Eucaristia ou o Crisma, mas que amadureça na fé e receba os sacramentos no decorrer dessa caminhada, pensada, planejada, organizada. Enfim, precisamos estar atentos se o modo como está organizado nossa catequese se está atingindo a meta, o objetivo que é formar cristãos adultos na fé.
Se não, precisamos arrumar meios para mudar aquilo que estiver ao nosso alcance... e olha que tem muita coisa que podemos fazer!

Hoje eu li uma coisa que serve pra nossa catequese: "Não importa se o caminho é longo ou curto, os dois se começa dando o primeiro passo".
Ichê, já falei demais, agora é com vocês! 
Obrigada a todos que interagiram na postagem sobre a questão da idade de entrar na catequese. A partilha de cada um com certeza, acrescentará muito a cada um de nós... e só lembrando... UNIDOS, somos mais.


 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Direito de resposta...

Derp disse...
"Criança não tem renda, e os pais já pagam dízimo pela família inteira. Na prática isso é mais um dízimo que os pais estão pagando. Querem o quê, imitar o "trízimo" da igreja do Valdomiro Santiago?
É por causa desse tipo de coisa que eu não volto mais à igreja católica."
24 de fevereiro de 2012 00:37

Recebi o comentário acima na postagem onde eu falava sobre o dízimo mirim,  não sei de quem e nem de onde vem, mas vamos ao conteúdo, me senti na obrigação de dar uma resposta....
Aqui em nossa paróquia, fazemos SIM um trabalho de conscientização sobre o dízimo em nossa catequese em todas as etapas. Nenhum catequizando é obrigado a nada, fazemos a conscientização e livremente fazem a opção de serem ou não dizimistas mirins.
 
Orientamos para que não peçam aos pais, mas que reserve uma pequena parcela, (que nem precisa ser 10%) do dinheiro que eles recebem como mesada. Hoje em dia, quase que toda criança tem acesso ao dinheiro e eles precisam aprender desde pequenos que precisam DEVOLVER parte daquilo que recebem. É explicado todas as dimensões do dízimo, pra que saibam que o dinheiro não é para Deus e nem para o padre, porque Deus não precisa de dinheiro, mas para que o Reino aconteça, é preciso que exista cristãos conscientizados e comprometidos.
 
E isso infelizmente não está na mente e nem nos corações de muitos católicos. É comum encontrar pessoas engajadas nas mais diversas pastorais que não são dizimistas, inclusive catequistas e ministros extraordinários da Eucaristia.
 
E porque? Será que tiveram uma boa catequese??? Será que foram motivados pela família???
Então, meu caro ou minha cara, não estamos tentando inventar o "trízimo", mas formar cristãos conscientizados e comprometidos e isso tem que começar na família, na catequese.
 
Agora, se tem algo que me inquieta, é essa coisa de alguém deixar de ser católico. Quem foi um dia, nunca deixa de ser.  Talves não tenha tido uma boa catequese familiar e nem comunitária, enfim não teve a oportunidade de conhecer sua "ex" religião. Católicos convictos, passe o que passar, nunca abandona, mas luta, argumenta...
 
Deixo meu email (iccintra@hotmail.com), caso queira entrar em contato comigo, quem sabe não posso te ajudar em alguma coisa que não ficou bem claro em sua formação religiosa. Se eu não souber orientar, buscarei ajuda. Estou dizendo isso numa boa, pois fico triste quando ouço isso: "deixei de ser católico!"
 
Espero que tenha entendido o porque trabalhamos o dízimo na catequese. Eu sei que falar sobre dízimo dá "orticária" em muitos adultos, pois muitos já veêm pelo lado da exploração: "olha lá,´só sabem pedir dinheiro"... E sabemos que tudo vai bem, enquanto não metem a mão no nosso bolso, não é mesmo?  Não estou afirmando que você é contra o dízimo, entendi que é contra o dízimo mirim. Orientar e formar nossos pequenos é nossa obrigação, se serão dizimistas ou não, isso não está em nossas mãos.
 
Cresci numa família, onde o dízimo era coisa sagrada, parece que quando via meu pai devolver o dízimo todo mês, com tanta alegria e gratidão, era o mesmo dele falar: "Obrigada meu Deus, por que mais um mês tenho essa quantia pra devolver e sei que ela não me fará falta, pois o senhor multiplica aquilo que doamos com amor..." Ele não mexia nem sob tortura na parte que era destinada ao dízimo..."

Essa foi minha principal catequese sobre o dízimo, hoje em dia, infelizmente raros são as crianças que presenciam tão rica catequese...Por isso, insistimos que esse assunto deve ser abordado na catequese.

Beijos, amo você em Cristo, mesmo não sendo mais "católico(a)"

 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Pra pensar!!

Qual a idade ideal para uma criança entrar na catequese?
Com que idade ela pode iniciar sua vida eucarística?
E a crisma? Quando deve acontecer?

Vamos pensar! Se quiser opinar ou colocar como acontece na sua paróquia, fique à vontade, volto já pra falarmos sobre esse assunto...
Beijos e uma quinta depois da cinzas abençoada pra todos!!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Santos QUARENTA dias...



Quarenta dias para crescer no amor de Deus e do próximo...

Iniciamos hoje os santos quarenta dias da quaresma, e convém-nos examinar atentamente por que razão esta abstinência é observada durante quarenta dias.

 Moisés, para receber a Lei pela segunda vez, jejuou quarenta dias (Gn 34,28).
 Elias, no deserto, absteve-se de comer durante quarenta dias (1Rs 19,8).
 O Criador dos homens, ao vir para o meio dos homens, não tomou qualquer alimento durante quarenta dias (Mt 4,2).
 Esforcemo-nos também nós, tanto quanto nos for possível, por refrear o nosso corpo pela abstinência neste tempo anual dos santos quarenta dias [...], a fim de nos tornarmos, segundo a palavra de Paulo, «uma hóstia viva» (Rom 12,1). O homem é, ao mesmo tempo, uma oferenda viva e imolada (cf Ap 5,6) quando, sem deixar esta vida, faz morrer nele os desejos deste mundo.

Foi a satisfação da carne que nos levou ao pecado (Gn 3,6); que a carne mortificada nos leve ao perdão. O autor da nossa morte, Adão, transgrediu os preceitos de vida comendo o fruto proibido da árvore. É por conseguinte necessário que nós, que fomos privados das alegrias do Paraíso pelo alimento, nos esforcemos por reconquistá-las pela abstinência. 

Mas ninguém suponha que esta abstinência é suficiente. O Senhor disse pela boca do profeta: «O jejum que Eu aprecio é este, [...] repartir o teu pão com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir o nu, e não desprezar o teu irmão» (Is 58,6-7). Eis o jejum que Deus aprova [...]: um jejum realizado no amor ao próximo e impregnado de bondade. Prodigaliza pois aos outros daquilo que retiras a ti próprio; assim, a tua penitência corporal permitir-te-á cuidar do bem-estar físico do teu próximo em necessidade.

Comentário feito por São Gregório Magno (c. 540-604), papa e doutor da Igreja
Homilias sobre os evangelhos, nº 16, 5

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Mais uma vez, no caminho de preparação para a mais importante festa do calendário cristão, a Igreja nos propõe um tempo de preparação – de penitência e de escuta da palavra, de acolhimento do plano de Deus e de atenção aos irmãos.
Neste ano de 2012, os textos que nos serão apresentados ao longo destas cinco semana, mostram-nos um percurso claro e definido: Deus quer oferecer-nos um mundo onde a felicidade é possível (1º domingo)
 e a sua Palavra ensina-nos o caminho (2º domingo), 
Palavra que nos chama à conversão e à renovação (3º domingo). Aceitar esta Palavra implica, pois, mudar de vida. Fiquemos, contudo, certos do amor de Deus, gratuito e incondicional (4º domingo).
 Quanto a nós, temos de estar atentos ao seu plano de salvação e ir ao encontro dos outros, no amor e no serviço (5º domingo).
A “nova evangelização” a que a Igreja nos convida a todos nesta Quaresma impele-nos a não guardarmos este segredo do amor misericordioso de Deus e a partilhá-lo à nossa volta.
Com os votos de uma Santa Quaresma, saúda-vos com amizade
a equipa do Evangelho Quotidiano para a língua portuguesa
Fonte: Evangelho Quotidiano



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

PARÁBOLA DO AMOR E DO PERDÃO DE DEUS

Quase nunca abro email com mensagens anexadas, salvo aquelas que pelo título me chama a atenção. Aquelas que no final  pede pra você passar para tantas pessoas, seguidas com  ameaças, do tipo... "se você não passar...", essas eu deleto sem nenhum medo e ainda fico indignada com tanta perda de tempo ao enviar tais mensagens.
Essa parábola, eu não conhecia e gostei, podemos trabalhar ela na catequese em vários aspectos e também trazer pra nossa vida. Poderia fazer uma reflexão, pois ela falou ao meu coração, mas prefiro que cada um faça sua...


A História do Pato!

Havia dois irmãos que visitavam seus avós no sítio, nas férias.
Felipe, o menino, ganhou um estilingue para brincar no mato. Praticava sempre, mas nunca conseguia acertar o alvo.
Certa tarde viu o pato de estimação da vovó... Em um impulso atirou e acabou acertando o pato na cabeça e o matou. Ele ficou chocado e triste!
Entrou em pânico e escondeu o pato morto no meio da madeira! Beatriz, a sua irmã viu tudo mas não disse nada aos avós.
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Beatriz, vamos lavar a louça". Mas ela disse: " Vovó, o Filipe me disse que queria ajudar na cozinha". E olhando para ele sussurrou: "Lembra do pato?" Então o Felipe lavou os pratos.
Mais tarde o vovô perguntou se as crianças queriam pescar e a vovó disse: "Desculpe, mas eu preciso que a Beatriz me ajude a fazer o jantar."  Beatriz apenas sorriu e disse, "Está bem, mas o Filipe me disse que queria ajudar hoje", e sussurrou novamente para ele, "Lembra do pato?"

Então a Beatriz foi pescar e Filipe ficou para ajudar.
Após vários dias o Filipe sempre ficava fazendo o trabalho da Beatriz até que ele, finalmente não agüentando mais, confessou para a avó que tinha matado o pato.
A vovó o abraçou e disse: "Querido, eu sei... eu estava na janela e vi tudo, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar a Beatriz fazer você de escravo!"

Qualquer que seja o seu passado, ou o que você tenha feito... (mentir, enganar, seus maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc ).... seja o que for... você precisa saber que Deus estava na janela e viu tudo como aconteceu. Ele conhece toda a sua vida ... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você já está perdoado.

 Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o mal e o medo fazerem de você um escravo.
Deus só está esperando você pedir perdão, Ele não só perdoa, mas Ele se esquece. É pela graça e misericórdia de Deus que somos salvos. Vá em frente e faça a diferença na vida de alguém hoje.

"A vontade de Deus nunca irá levá-lo aonde a Graça de Deus não irá protegê-lo."

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Quaresma, visto como fardo e pesado!!

O tempo da Quaresma, explicou Papa Bento XVI, em 2006 “não deve ser olhado com espírito ‘velho’, como se fosse uma obrigação pesada e enfadonha, mas com o espírito ‘novo’ de quem encontrou em Jesus e no seu mistério pascal o sentido da vida, e agora sente que tudo deve referir-se a Ele”.

Quaresma, como esse tempo marcou minha infância! Meus pais eram rigorosos. Aconteceu comigo, aquilo que cuidamos para que não aconteça em nossas catequeses. Quaresma pra mim, era visto como um período sombrio, onde não se podia fazer nada, não podia ouvir música, não podia brigar com os irmãos, xingar nem pensar, porque os demônios estavam soltos(rsrsr), não...não...não! Eu sentia uma tristeza no ar, enfim, não gostava muito desse tempo. E quando ia na missa de cinzas, também não gostava daquela cinza caindo pelo meu rosto. Não gostava das músicas, achava elas melâncólicas, e também tinha dó de ver todo sofrimento de Jesus. Me lembro também de como meu pai ficava todo compenetrado nessa época, calado, hoje entendo que ele meditava, ficava em oração, ruminava...
Talvez me faltou  ter aprendido olhar a quaresma com espírito "novo", não como um preceito a ser cumprido à duras penas. Hoje, falamos da quaresma como tempo de revisão e mudança de atitudes, de vida. Tempo para voltar nosso olhar de onde nunca deveríamos ter tirado. Tempo de nos prepararmos para a grande festa: A Páscoa de Cristo. E essa espera, mesmo que exigindo de nós algumas renúncias, precisa ser percorrido em espírito de alegria. Pois é Cristo vivo, ele venceu a morte e está sempre coladinho em nós para que também nós vençamos N'Ele nossas mortes. Cuidemos na maneira de catequisar nossos pequenos... e olha, Lembra-te de que és pó, e que ao pó retornará.
Essa passagem bíblica, como demorei para entender seu significado. Vamos lá, somos agora crescidinhos e vamos deixar de lado nossas mágoas, rancores, ódios, revoltas, espírito de vingança, porque tudo isso mata nossa alma, nos aniquila. Que nessa quaresma, não estejamos tão preocupados em não comer isso ou aquilo, mas que façamos jejum da língua, das más condutas, enfim que jejuemos daquilo que nos faz pecar...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Gesto concreto CF na catequese


Todos nós  trabalhamos a Cf na catequese. Sabemos também da coleta da Cf, entregue em todas as celebrações do domingo de Ramos. O resultado dessa coleta deve ser encaminhado à respectiva diocese; esta por sua vez, encaminha 40% do total da coleta para o fundo Nacional de Solidariedade (FNS) . Aqui, toda criança da catequese confecciona um cofrinho de material reciclado e ali vão depositando durante toda quaresma suas moedinhas, e no domingo de ramos, fazem sua doação... Tem sido gratificante esse gesto. Fica a dica!
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CAMPANHA DA FRATERNIDADE NA CATEQUESE

Pequenos gestos, cheios de amor...                                                                                                 Muita gente acha que crianças, adolescentes, não podem fazer nada pra ajudar os adultos ou melhorar o mundo. É verdade que não devem trabalhar, nem fazer tarefa de adultos, mas será que elas não podem colaborar e só devem receber ajuda? Cada um doe conforme as suas condições. Ninguém é tão pobre que não pode oferecer nada.


ORAÇÃO                                          
Senhor somos pequenos, mas também queremos partilhar do teu projeto de fraternidade e  de construção de um mundo melhor. Ajuda-nos a perceber as necessidades dos outros e a crescer sabendo dar e receber ajuda. Ajuda-nos a perceber o que podemos fazer e a reconhecer o valor dos outros, aprendendo com todos os que nos dão bons exemplos, oferecendo com generosidade o que somos capazes de dar e fazer e recebendo com gratidão o que os outros nos oferecem.


CANTO                                                                                                           Quem disse que não somos nada, que não temos nada pra oferecer. Repare nossas mãos abertas, trazendo as ofertas do nosso viver(bis).



  GESTO CONCRETO




Eu,______________ devo colocar nesse cofre a minha oferta durante toda a quaresma e o valor será revertido aos mais necessitados. Esse pequeno cofre, simboliza o cofre onde eram feitas as ofertas no templo. Nossa doação será no domingo de Ramos.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Isso serve também para a catequese!

"A vida se acrescenta, dando-a, e se enfraquece no isolamento e no comodismo" 
(DAp 3) 
...já que não posso me acomodar, o jeito é doar, partilhar um pouquinho sobre catequese... Farei isso hoje as 19h30 na paróquia Sant'Ana, aqui mesmo em Franca. Vamos lá Espírito Santo, inflame os corações daqueles catequistas. Desperte os que estão desanimados, com uma vontade danada de ficar em casa assistindo Tv.
Vem, falar por mim!Vem falar por nós, por mim e pela Renata.
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Fomos e já voltamos, felizes com a participação de mais de 50 catequistas. Olha só que turma abençoada!
Obrigada Senhor por mais essa missão. Fortalecei estes teus escolhidos.

Catequista, especialista em ternura!

Estou aqui relendo o material do VII Sulão de catequese, entre tantas coisas ricas, deixo pra vocês esse parágrafo:
"O catequista é um especialista em ternura. É pelas relações humanas que sua mensagem torna-se eficaz. Jesus, o grande catequista, ensina pelas atitudes de afeto, acolhida, compaixão e misericórdia."
Para pensar!
Inspirados nos gestos, palavras e atitudes de Jesus como deve ser o nosso relacionamento com:
* Os catequizandos
* Suas famílias
* Com as lideranças
* Com a comunidade em geral?

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Senhor, fica conosco!


O retiro com os catequistas de Claraval nesse sábado, foi um presente, um mimo de Deus.
Mais uma vez tive a certeza do quanto é importante dedicar um tempo em nossa caminhada,  para estar com o MESTRE, escutar, fazer silêncio, adorar,  nos reabastecer desse amor...
Amei todos os momentos, porém, destaco a adoração ao Santíssimo que fizemos no início do retiro. Como foi gratificante ver e estar com aqueles catequistas sentados aos pés de Jesus Eucarístico. Como foi bom refletir nossa caminhada meditando a passagem de Emaus. Como foi bom!
Obrigada Senhor por sua presença constante, caminhando ao nosso lado, nos dando coragem para nunca desistir da caminhada...
Fica conosco, sempre!


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Preocupar-se com o passado, o futuro, ou com o hoje?


O meu passado já não me preocupa;
pertence á misericórdia divina.
O meu futuro  ainda me preocupa;
pertence à providência divina.
O que me preocupa e me desafia é o hoje,
que pertence à graça de Deus e à entrega 
do meu coração, da minha boa vontade.
(São Francisco de Sales)

340 - Como se comporta a graça de Deus relativamente à nossa liberdade? A graça de Deus vem ao encontro do ser humano na liberdade, procurando-o e apoiando-o em toda a sua liberdade. A graça não força. O amor de Deus quer o nosso livre consentimento.
Fonte: youcat 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Como você prepara um encontro catequético?

Bom dia, exército incansável!

O que trago hoje não é nenhuma novidade, mas acredito ser algo que precisamos sempre dar uma espiadinha,  para ver como estamos conduzindo nossos encontros. Quando eu lia esse material para trabalhar com o grupo de catequistas de Claraval, vi que preciso melhorar meus encontros em alguns pontos.
Clique no link a seguir:  http://www.jardimdaboanova.com.br/2012/02/como-preparar-um-encontro-de-catequese.html e dê uma recordada no método VER, JULGAR, AGIR E CELEBRAR... Material elaborado por Irmã Marlene Bertoldi.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Avante, exército de Claraval!

Queridos amigos, apresento à vocês, o grande    exército de Padre Mateus um padre empenhadíssimo em dar um novo rumo à catequese em sua paróquia. Seus catequistas estão  sendo preparados/formados para começarem em agosto de 2012 a catequese em estilo catecumenal.
Essas formações estão sendo assessorados por uma equipe aqui da minha paróquia: Marcelo, o formador MOR, eu aprendiz e a Renatinha, coordenadora paroquial de crisma.

O Marcelo está dando toda formação sobre o RICA, os ritos, Iniciação Cristã, estruturando a INICIAÇÃO CRISTÃ COM ADULTOS. Eu e a Renata, estamos trabalhando agora diretamente com os catequistas da Iniciação Eucarística, perseverança, crisma.
Temos contato com esses catequistas uma vez por mês e é impressionante como estão motivados e com desejo de aprender para bem fazer suas catequeses.

A cada encontro, saio mais apaixonada pela catequese e entendo o que a Palavra nos diz que quanto mais damos, mais recebemos. Eu só não sei onde vou colocar esse estoque tão grande de AMOR pela catequese, ou melhor, sei sim, vou dividar, partilhar com outras paróquias que tem despertado para essa mudança, pois a Palavra também diz que se não damos, nos será tirado.

Fui convidada por padre Mateus a organizar um retiro para esses catequistas agora dia 11 de fevereiro. Claro que tremi nas bases, pois nunca estive à frente de um retiro, já orientei, ajudei organizar, enfim dei meus pitacos, mas assumir um retiro, nunquinha! Mas, vendo o carinho que esse padre tem com a catequese e o jeitinho com que me fez o convite, não consegui dizer não.

 Eu vou, mas como sempre não vou sozinha, o Paulinho, um catequista maravilhoso, muito, mas muito mais preparado que eu, conduzirá a parte da manhã. Eu e a Renata, minha companheira nessas andanças pelas paróquias, ficaremos com a parte da tarde...

Esse retiro será numa comunidade rural, o que me deixou muito feliz. Aliás essa paróquia, fica numa cidade vizinha à minha, cerca de 15 minutos, mas está em outro estado, Minas Gerais, Claraval-MG, diocese de Guaxupé. Claraval é uma cidade pequena, com apenas uma paróquia, um mosteiro lindo, enorme, uma verdadeira obra de arte da arquitetura néo gótica, similar ás Igrejas góticas existentes na Europa (  introdução do site desse mosteiro)... A maioria de suas comunidades são rurais, o que exige muito esforço e dedicação por parte dos catequistas... Mesmo assim estão empenhados!

Tenho certeza que DEUS está condunzindo tudo e será sem dúvidas uma benção!
Queridos catequistas, irmãos de caminhada, peço orações por cada catequista que estarão presente, e também por nós: Renata, Paulinho e eu.
Desde já, agradeço as bençãos que serão derramadas naquele lugar!

Olha que lindo é o MOSTEIRO DE N.SRA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO de Claraval..

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Deus é capaz, nunca duvide disso!

Com essa música, quero abraçar a Sheila do SEMEANDO CATEQUESE, que hoje celebra o dom de sua preciosa vida. Quando vi a indicação dessa música no blog dela, lembrei-me o quanto a banda reluz, fez parte de minha conversão. A música sempre teve um poder muito grande sobre mim. Ainda na época das fitas cassetes, eu já   ouvia"vida reluz" e entrava em clima de oração, em contato com Deus.
 Deus é capaz sim! E é capaz de tudo... É esse Deus que passamos para nossos catequizandos, esse Deus vivo e presente... Dedico essa música a minha querida Sheila, mas também a todos os catequistas que passarem por aqui... Uma linda terça pra todos!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

O catequista e o místico



Queridos catequistas  mistagogos desse imenso Brasil,  disponibilizo o material abaixo,  publicado na revista ecoando. Gostei muito!  Poderá ser usado num momento de espiritualidade/formação pessoal e comunitária com o grupo de catequistas. Útil para os que estão recebendo uma formação sobre o RICA,  catequese em estilo catecumenal, enfim, á todos.


Quero através desse post, mandar um abraço especial a todos os catequistas da ÁREA PASTORAL BARRA DO CEARÁ em Fortaleza. Esses catequistas estão sendo formados para que num futuro bem próximo, façam a experiência da catequese estilo catecumenal em suas comunidades. Estão sendo assessorados por Frei Jesus Maria, um frei espanhol arretado, exigente, porém  flexível, sabe  o que faz e o porque faz.


Aproveitem cada formação, cada momento, sugue tudo que puderem, pois ele tem muito pra dar, uma disposição e formação sem igual. Felizes fomos nós da Capelinha que o tivemos como pároco por sete anos. Desejo se essa for da vontade de Deus que ele tenha tempo para orientá-los, conduzi-los, assim como fez conosco. Seremos eternamente gratos por tudo o que Deus realizou  aqui na Capelinha, através dele.


Queria muito poder testemunhar pessoalmente um pouco sobre minha paixão pela catequese com vocês, sobre essa nossa experiência no processo catecumenal, mas estamos longe demais, sendo assim, faço isso por aqui.  Não tenham medo da mudança, sejam ousados, receptivos, corajosos... Aprendam, fazendo, errando, corrigindo... Leiam/estudem o que puderem sobre o assunto, partilhem, sejam agentes multiplicadores... Acreditem que através de uma catequese bem feita, podemos transformar uma comunidade, por que não dizer uma sociedade.


Desejem  que assim como vocês, outros tenham seu encontro pessoal com Jesus, se encantem por Ele. Digam com convicção, alegria: "sou catequista de IVC, com muito orgulho, sou catequista sim, graças a Deus..."


Maria do Nascimento (Menta), fiquei feliz ao saber que você é leitora do meu blog. Seja portadora do meu abraço a todos os catequistas da Área pastoral da Barra do Ceará. Força sempre! avante, catequistas da Barra!


Grande abraço!
Imaculada Cintra


O CATEQUISTA E O MÍSTICO
1.  Para rezar o tema
a) Ambiente acolhedor. Todos em círculo. Ao centro caminhos traçados de giz ou margens feitas de barbante conduzindo ao centro da sala, onde estará uma imagem ou figura de Jesus. Nos caminhos, sandálias, Bíblia, velas, papel sulfite e canetinha para todos.
b) Canto:
"Estás entre nós" (Tu és minha vida, outro Deus não há...)
c) Saudação inicial
Motivação para o tema.
d) Canto de escuta
Proclamação da Palavra: Mt 16,13-20 - Meditação e partilha
e) Pedir que cada um responda à questão central:
"QUEM É JESUS PARA VOCÊ?"com apenas uma palavra, escrita em letra bem visível. Colocar as respostas perto da imagem de Jesus. Algumas pessoas podem fazer preces espontâneas.
f) Canto:
missionário ou vocacional

2. Mística o que é?
Ficou famosa a afirmação de Karl Rahner, renomado teólogo católico de que "o cristão do século XXI ou será místico ou não será cristão".
Podemos ampliar essa reflexão, lembrando que a mística sempre fez parte da vida dos seguidores de Jesus, desde seus primeiros discípulos e discípulas, que vincularam definitivamente sua vida e caminhos à pessoa e ao projeto do Mestre Jesus e encontraram, nisso, sua alegria verdadeira. Portanto, mística não é um acessório ou adereço opcional que o cristão pode ou não pode ter, mas algo inerente ao próprio fato de ser cristão. Trata-se de algo profundamente experimentado por aquele(a) que insere sua vida  na vida de Cristo e aí encontra todo o sentido de sua existência, a ponto de concluir, como um dia o fez o apóstolo Paulo: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim"(GL 2,20)

Por mística podemos entender o tempero que dá sabor e sustento a tudo aquilo que pensa, sente e faz o cristão. "É a motivação densa e profunda da caminhada cristã. É o ponto de apoio da vida, o gancho onde a gente prende o sentido da vida. falar em mística é falar do sentido da existência. É falar da experiência amorosa de Deus, experiência fundante do cristão. É ser iniciado no Mistério" (Lucimara Trevisan). Desse modo, não se trata de algo que damos a Deus ou de um movimento de busca de seu amor, mas de um deixar-se amar por aquele que é fonte do amor e que primeiro nos amou, vindo ao nosso encontro para nos comunicar a vida em plenitude.
"Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16)

Jesus cristo também tinha uma mística ou, melhor dizendo era um místico, pois orientou toda a sua vida para o cumprimento da vontade do Pai, cujo projeto procurou discernir na oração, na contemplação, na intimidade de Filho. Muitas vezes Jesus se recolhia na oração e no silêncio para refletir e confirmar sua fidelidade ao Pai: "Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar e passou aí toda a noite orando a Deus" (LC 6,12)
Estava alimentando sua mística, conferindo sentido a seu projeto e decisões com base em um referencial tão absoluto quanto ele próprio: o reino dos céus! "Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas ema créscimo" (MT 6,33)

Essa é a mística que Jesus exige de seus seguidores. A pergunta  incisiva que ele fez aos discípulos: "E VOCÊS, QUEM DIZEM QUE EU SOU?" (MT 16,15) continua a soar fortemente nos ouvidos e corações dos cristãos, para que cada qual, ao fazer pessoalmente a experiência do encontro e do amor de Jesus, saiba por si mesmo quem é o Senhor de sua vida e o testemunhe com alegria e entusiasmo ao mundo. "Tal propósito implica um compromisso de solidariedade para com os pobres, pois jesus se contou entre eles e pessoalmente optou pelos marginalizados das estradas, do campo e das praças das cidades. Implica um compromisso de transformação pessoal e social, presente na utopia pregada por Jesus, do reino de Deus que começa a realizar-se na justiça dos pobres e a partir daí para todos e para toda a criação" (Leonardo Boff)

3. Catequese e mística
Vivemos numa época em que o cristianismo por tradição deixa de ser uma realidade, e isso parece ser um caminho sem volta. Quem se torna cristão para valer, nos dias de hoje, o faz por encantamento pela pessoa de Jesus, num encontro profundo e definitivo com ele. E esses encontros quase sempre são mediados por testemunhas alegres e convictas do amor de Deus, que dá total sentido á nossa existência. São místicos contagiando outras pessoas com seu exemplo de vida. São homens e mulheres que, entusiasmados com sua vida cristã, são capazes de tornar-se pontes que conduzem outras pessoas ao coração amoroso de Deus. A esse processo chamamos de mistagogia.

Catequista místico e mistagogo, portanto, é aquele que está totalmente envolvido numa experiência fascinante de Cristo, sente-se amado por ele, "curte" ser cristão e vocacionado com paixão e alegria e comunica aos outros,  especialmente aos seus catequizandos, a grandeza da sua experiência. Ele já respondeu para si mesmo quem é Jesus em sua vida, que sentido tem ser cristão; ele já construiu sua identidade na comunidade-igreja e no mundo, e por isso mesmo é capaz de partilhar com os outros, tornar-se missionário e profeta da boa-nova. "O espírito de uma pessoa é o profundo e dinâmico de seu próprio ser, suas motivações maiores e últimas, seu ideal, sua utopia, sua paixão, a mística pela qual vive e luta e com a qual contagia" (Dom Pedro Casaldáliga)

Daí a importância de o catequista alimentar sua mística na vida de oração, na participação assídua e coerente da vida sacramental, especialmente da eucaristia e da reconciliação, na leitura atenta e contemplativa da palavra de Deus, na convivência fraterna com os irmãos da comunidade e na atenção dada à sua realidade, sobretudo aos mais pobres, aos quais os mistérios do reino são revelados: "Jesus pronunciou estas palavras: "Eu te bendigo, pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos" (MT 11,25)
Pe Vanildo de Paiva
Fonte: Revista ecoando nº 36