terça-feira, 21 de junho de 2011

Gente! Cá entre nós...

Tem coisas que leio que vem muito de encontro ao que penso sobre o ser catequista. Uma de minhas intenções com o blog e nos meus relacionamentos com catequistas seja no mundo real ou virtual é de MOTIVAR, animar, encorajar e pra isso não meço esforços. Mas, me irrito facilmente quando vejo um catequista "corpo mole', que não quer nada com nada... De verdade não tenho muita paciência e nem dom pra isso e quando li essa matéria sobre o "lúdico", algumas coisas me chamaram a atenção. Sabemos que nada substitui a pessoa do catequista, aliás depois de JESUS, ele é o ponto chave para uma catequese eficaz...

Com o tempo, vamos ganhando experiência, é claro, isso acontece em tudo na nossa vida.  Um catequista com 10, 16, 20 anos de caminhada trás uma bagagem maior na mochila, mas tem algumas coisinhas que não se trata de caminhada, ou o catequista tem ou não tem... Se não tiver, melhor nem entrar na catequese...Vejo que deveríamos ser taxativos nas formações com novos catequistas, isso nos livraria de muitas dores de cabeça que muitas nem com doril passa.

Responsabilidade/compromisso - Conheço e convivo com catequistas que começaram a dois anos e tem uma responsabilidade exemplar com a catequese... Conheço outros que dá vontade de chorar... e a gente ainda fica com o coração pesado pensando se não tivemos culpa, se deixamos de apoiar esse catequista iniciante... Mas, eu vejo que  o catequista vocacionado, o é desde o início, mostra isso quando ele busca,  corre atrás,  pede informação, é interessado... Tem coisas que acontecem, atitudes que catequistas tomam,  que você fica boquiaberta se perguntando: Como pode isso?????????????Baseado em que fez isso????

Alegria/bom humor - Olha, vou te contar, um catequista que vai para os encontros, mais parecendo que está indo para forca, com  cara fechada, azedo, leva tudo a ferro e fogo... O catequizando sabe direitinho como ele vai conduzir cada encontro, porque é sempre do mesmo jeito, sabe até as palavras que ele vai usar pra iniciar e pra terminar, conhece de cor e salteado cada expressão do rosto que ele vai usar... Olha, de verdade, esse ainda não descobriu qual sua vocação, porque catequista é que não é...

Precisamos surpreender, com pequenas coisas fazemos isso, não precisamos de fazer grandes estripulias, basta que dediquemos tempo em preparar nossos encontros com carinho, zelo. .. Depois reclamamos que nossos catequizandos não perseveram, mas pelo amor de Deus, é preciso muito amor e conhecimento de Jesus para continuar em encontros que não geram nenhuma expectativa...

Sei que tem alguns catequistas que tem mais facilidade, mas eu diria que muitos não tem é boa vontade, vai empurrando a catequese com aquele ar autoritário de sargento e não move uma palha para oferecer um encontro mais atrativo...
Acho um absurdo ouvir de um catequizando: "Eu não gosto do meu catequista, não quero ir mais na catequese, porque não consigo olhar na cara do catequista"... Absurdo, mas isso acontece! Será que o erro está só no catequizando?

Desculpem-me, estou me execendo, mas dizem que a boca fala daquilo que o coração está cheio, pois é isso que no momento está  em meu coração, vejo que isso tem que ser levado nas discussões nos nossos grupos de catequistas...

Esse material que coloco abaixo, vem tratar de alguns desses tópicos, vale a pena a leitura... O último exemplar que recebi da revista ecoando que assino com muita alegria veio recheada de coisas boas...
Se alguém está precisando de uma sugestão para a formação e espiritualidade do catequista, eu indico a assinatura dessa revista, com plena certeza de estar divulgando UMA BOA NOTÍCIA...
CONTATO PARA ASSINATURAS: assinaturas@paulus.com.br
email para contato: revistaecoando@uol.com.br

* Estou pensando em fazer o sorteio de uma assinatura aos meus leitores por ocasião do dia do catequista em agosto...vamos ver !

O lúdico na vida do catequista

Antes de ser importantes recurso metodológico, o lúdico é elemento constitutivo da vida emocional de todo ser humano e, por isso mesmo, do catequista, pessoa que experimenta e testemunha a alegria que vem de Deus. "Alegrem-se sempre no Senhor,.Repito:alegrem-se!" (Fl 4,4)
Esta alegria, sabemos, não é vã ou alienada! Ela não desconsidera a dureza da vida, mas crê transfigurá-la pela fé e pelo empenho de ver o reino acontecendo. É uma alegria recheada de esperança, de compromisso com a vida e com o amor!
Alguns de perguntam: mas ainda hoje é possível essa alegria? Numa exortação feita em janeiro de 2008, o Papa Bento XVI respondia a essa questão: "A resposta é dada, com suas vidas, por homens e mulheres de toda idade e condição social, felizes de consagrar sua existência aos demais!
Acaso não foi a beata madre Teresa de Calcutá, em nosso tempo, um testemunho inesquecível da verdadeira alegria evangélica?
Vivia diariamente em contato com a miséria, a degradação humana, a morte. Sua alma conheceu a provação da noite escura da fé; no entanto, deu a todos o sorriso de Deus. Lemos em um escrito seu: "Esperamos com impaciência o paraíso, onde está Deus, mas temos em nosso poder estar no paraíso já desde aqui e a partir desse momento".
Assim é o catequista: feliz por amar e sentir-se amado; por ter sido escolhido por Jesus como discípulo seu, capaz de servir o reino com generosidade e fé. É alegria que brota de um coração capaz de reconhecer os frutos da missão em cada catequizando que se dispõe a amar e seguir os passos de Jesus.
É a alegria do cristão entusiasmado por ver o novo sempre surpreendendo, renovando as comunidades cristãs e transfigurando a sociedade com base nos valores evangélicos que sempre geram a justiça e a paz. Por isso, o catequista canta, dança, pula, brinca. sorri! Sabe que, como já dizia o poeta, "tudo vale a pena se a alma não é pequena!"

O lúdico e a catequese
O catequista é portador de uma boa notícia e precisa arrumar maneiras de expressá-la de um jeito claro, coerente e prazeroso. Afinal de contas, a notícia é boa demais para ser transmitida de modo triste e carrancudo, com amargura ou como se fosse um peso.
O Diretório Nacional de Catequese enfatiza que "o catequista precisa conhecer e ouvir cada criança para descobrir o melhor modo de cumprir sua missão. Também será bastante útil ter familiaridade com o universo infantil: brincadeiras, situação escolar e familiar, histórias em quadrinhos e filmes que as crianças preferem...
O processo catequético terá em consideração o desenvolvimento dos sentidos, a contemplação, a confiança, a gratuidade, o dom de si, a comunicação com Deus, a alegria da participação" (n.198)
Fazer uma catequese lúdica não é cair no oba-oba do brincar pelo brincar, muitas vezes até para esconder o despreparo e a falta de domínio dos conteúdos a serem trabalhados na catequese.
O lúdico, além de brotar do coração do catequista, compõe a sua metodologia e pode estar a serviço dos objetivos e conteúdos dos encontros catequéticos.
Desse modo, podemos falar de brincadeiras de entrosamento e descontração,brincadeiras para motivar um conteúdo novo, brincadeiras para construir em grupo determinado tema, brincadeiras para fixar o que foi trabalhado no tema, brincadeiras para desenvolver determinadas atitudes etc. Assim, dependendo da finalidade que tenha, o catequista organizará jogos, dinâmicas, as músicas e as brincadeiras do encontro.
Pe Vanildo Paiva
Revista Ecoando nº 34, página 07

4 comentários:

  1. Minha querida flor, lendo seu post sinto como se fossem minhas palavras, afinal, é a realidade de minha paróquia e acredito que, de um grande número de paróquias espalhadas por este mundão de Deus.
    Por muitas vezes, fui mal interpretada, julgada, por acreditar que há muito o que ensinar aos catequizandos através das brincadeiras e dinâmicas. Sempre que possível procuro utilizar em meus encontros, não que eles sejam excepcionais, mas ficam mais alegres e atrativos.
    Sou formada em magistério, mas não exerço esta profissão lindíssima e sem reconhecimento algum, mas uma das coisas que aprendemos é que a criança consegue prestar atenção em alguém falado no máximo, eu disse no máximo, 15 minutos, depois disso é tempo perdido ficar falando, falando, falando.
    O catequista tem que ter consciência da importância de sua vocação, do seu chamado.
    Ser catequista não é "ter status" ou "ser dono da razão e da verdade", ser catequista é ter a humildade de se reconhecer pecador e totalmente dependente deste Senhor maravilhoso e misericordioso; é saber que somos responsáveis por apresentar este Deus que ama, perdoa, conforta, afaga; mesmo diante das tristes histórias de vida que nossos pequeninos trazem junto de si.
    Sou completamente apaixonada por Jesus e por esta vocação, que mesmo sem merecer, Ele me deu. E por isso sempre digo que se tivesse que escolher outra pastoral para participar, escolheria a Pastoral Catequética, pois amo o que faço e faço porque amo.

    Sandra - Jundiaí - SP

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  2. Puxa minha querida, que bom ver um comentário seu...palvras lindas, certas, oportunas...
    Avante e força pra vc em sua lua com a catequese...

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  3. Nossa Imaculada, realmente suas palavras contemplam todos os catequistas que amam servir e servem por amor...
    Parece que nossas realidades são iguais e embora mostremos tantos caminhos, tantas maneiras, formações, momentos de adoração... tudo o que eles pedem e eles nem vão pras reuniões mensais... é triste, deprimente...
    Como vc falou "parece que vão pra forca"... eu fico imaginando o sacrifício de Jesus, diante do nosso... aliás a catequese não devia ser sacrifício pra ninguém mas apenas continuação da missão, que outrora já foi muito mais difícil...

    Eu estava escrevendo algo parecido com o que escreveu, pra publicar daqui um tempo... as vezes parece que só "meto o pau", mas é que essa apatia me preocupa demais... e eu gostaria de motivar além, mas vejo que quem se motiva realmente são aqueles que estão sempre em busca, e aqueles que mais exigem nunca estão satisfeitos, nunca estão lá...

    Deus nos ajude e que você continue sempre sendo inspirada pelo Espírito Santo para escrever o que precisamos de fato ler...

    Ah... pedi a coordenação pra tomar conta do mural da catequese - q está abandonadinho rs - usarei textos teus sempre...

    E pedi seu endereço, tô esperandoooo rs

    Bjuss
    Clécia

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  4. Opa!! endereço à caminho...envio por email...srsr
    Sei que cada um tem seu tempo para despertar, mas não é isso que me aflige...Não é questão de meter pau não... As vezes acho que deveríamos mandar catequizandos pra casa, por falta de catequistas competentes... mas, esbarramos na tal acolhida...adianta acolher e depois não cuidar direito... sinceramente, não sei o que é pior...e depois dizem que pior que tá não fica...ah fica sim!!

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