quarta-feira, 13 de abril de 2016

Papa Francisco fala sobre o tema da multiplicação dos pães

Compaixão, partilha, Eucaristia: este o caminho que Jesus nos indica neste Evangelho” – sublinhou o Papa Francisco, neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando a liturgia deste dia, com o episódio da multiplicação dos pães, segundo São Mateus…

“Perante a multidão que o assedia e – por assim dizer – não o deixa em paz, Jesus não reage com irritação, mas sente compaixão… Ele sabe que as pessoas não o procuram por curiosidade, mas por necessidade… Jesus ensina-nos a colocar as necessidades dos pobres acima das nossas. As nossas exigências, embora legítimas, nunca serão tão urgentes como as dos pobres, que não têm o necessário para viver”.

No que diz respeito à partilha, “é útil confrontar a reacção dos discípulos perante aquelas pessoas cansadas e cheias de fome com a de Jesus”...
“Duas reações diferentes, que reflectem duas lógicas opostas. Jesus raciocina segundo a lógica de Deus, que é a da partilha”.
Se tivesse mandado embora as pessoas, muitos teriam ficado sem comer… Assim, aqueles poucos pães e peixes, partilhados e abençoados por Deus, bastaram para toda a gente… Mas não se trata de magia!
“Atenção: não é magia, é um sinal! Um sinal que convida a ter fé em Deus, Pai providente, que não nos deixa faltar o pão nosso de cada dia, se o soubermos partilhar como irmãos!”

Finalmente, a terceira mensagem deste Evangelho, segundo o Papa Francisco, é que este prodígio dos pães preanuncia a Eucaristia, como se vê desde logo no gesto de Jesus, que “recitou a bênção” antes de partir o pão e o distribuir pela multidão. É o mesmo gesto que Jesus faz na Última Ceia, quando instituir o memorial perpétuo do seu Sacrifício redentor. Na Eucaristia Jesus… dá o pão da vida eterna, dá-se a Si mesmo, oferecendo-se ao Pai por nosso amor.

Recapitulando, o Papa recordou de novo que “partilha – comunhão – Eucaristia” constitui o caminho que Jesus nos indica neste Evangelho: caminho que nos leva a enfrentar com fraternidade as necessidades deste mundo, mas nos conduz para além deste mundo…

Acessando nesse  link vc pode ouvir a fala do papa sobre esse assunto. 
FONTE;http://pt.radiovaticana.va/storico/2014/08/03/papa_ao_angelus_-_compaix%C3%A3o,_partilha,_eucaristia_a_mensagem_deste/por-817295 

terça-feira, 5 de abril de 2016

Mistagogia, do visível ao invisível!

Pra quem está dando alguns passos rumo a catequese de inspiração catecumenal, sugiro que leia com carinho esse texto, para que  compreenda a importância de se viver esse tempo da mistagogia no processo da Iniciação cristã.
O sonho de toda paróquia que está tentando trabalhar esse processo catecumenal é que tenhamos coordenadores, catequistas mistagogos... Pra isso, precisamos nos formar, estudar, ler para depois SER...
Aqui na minha paróquia, desde 2009, estamos dando pequenos passos e até hoje, em 2016, ainda estamos nos adequando, aparando as arestas. É um processo penoso, pois não é fácil a mudança de mentalidade.
Parece coisa fácil quando lemos: "A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão à proposta do Reino, vivida na Igreja.' (DNC, n.84)
 
Principalmente quem trabalha com a idade infantil é preciso estar convictos disso, investir todas suas energias para que ao longo de todo processo, esses catequizandos e famílias entendam que a eucaristia não é a meta, mas  consequência.  Só quem está com a mão na massa para entender como é difícil que  isso aconteça na prática. 
Então, entra ano e sai ano e estamos nesse vai e vem, tentando nos aproximar um pouquinho, mas muito pouquinho mesmo da catequese de inspiração catecumenal. 
Precisamos bater na mesma tecla com nossos catequistas para que entendendo, se tornem de fato catequistas mistagogos.

  Mistagogia..."Agora, no tempo pascal, os neófitos(recém batizados), ajudados pela comunidade dos fiéis, e através da meditação do Evangelho, da catequese, da experiência sacramental e do exercício da caridade, aprofundam os mistérios celebrados. Mais que um tempo específico da iniciação cristã, a mistagogia torna-se um método de estudo e aprofundamento dos sacramentos. Fazer com que os que recebam os sacramentos passem pelo sinal visível do sacramento  ao mistério de graça no qual são portadores.

Os sinais sacramentais celebrados na liturgia nos possibilitam alcançar as realidades de nossa fé. Há necessidade de o mistério se apresentar de forma acessível aos nossos sentidos e, de outra parte, há a necessidade de continuamente apontarmos ao mistério para o sacramento ter razão de ser. Passamos dos sacramentos aos mistérios, ou seja, partimos do visível para o invisível, do sinal sacramental: água, luz, pão e vinho... para o mistério da salvação: água viva, luz do mundo, pão do céu, enfim, para a vida eterna.

Os sentidos captam somente a figura exterior dos mistérios - o banho d'água, a unção com óleo, o banquete eucarístico -, porém o decisivo é a graça. Efetivamente, o rito visto somente de fora não oferece automaticamente o significado de que é portador. Esse significado deve ser descoberto, revelado pela Palavra, pela catequese. Mais ainda, deve ser professado pela fé. A fé move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. 

Santo Ambrósio, ao fazer a homilia no tempo pascal sobre os sacramentos na presença dos recém-batizados, preocupa-se de que estes não se decepcionem diante da pobreza aparente dos símbolos celebrados. "Entraste. Viste a água. Viste o Bispo. Viste o levita. Alguns talvez digam: é só isso?" como tudo era sigiloso, eles esperaram mais de dois anos para serem batizados e, depois, encontraram ali apenas a pequena fonte e o presbítero. "Viste o levita, viste o sacerdote- não considere seu aspecto exterior, mas a graça de seu mistério -, pondera o exercício de sua função e reconhece sua dignidade. 

Santo Ambrósio não hesita em afirmar que o eleito, ao entrar no batistério, não viu apenas a água, convida-o a meditar na ação do espírito: sobre a água na criação do mundo; no dilúvio, quando a pomba retorna com o ramo de oliveira; ou mesmo no Mar Vermelho, quando o espírito foi enviado e o perseguidor foi tragado pelas águas. Assim, não há porque deixar de acreditar que o sacramento opera além daquilo que os sentidos apresentam. "Não dês fé unicamente aos olhos de teu corpo. Melhor se vê o que é invisível. O primeiro é temporal, enquanto o invisível é eterno. Melhor se enxerga o que não se abarca com os olhos, mas se divisa pelo espírito e pela alma. A condição humana marcada pelo pecado possibilita ver, com os olhos da carne, somente o que é temporal.
 
A experiência de enxergar para além daquilo que os olhos podem captar está continuamente na amplitude da capacidade de nosso conhecimento. Hoje, falamos de inteligência múltipla, de teoria molecular, ou então exaltamos as intuições de nossos sentimentos. Enfim, não nos restringimos aos limites da razão e dos nossos sentidos, assim como nos diz a canção: "Que a vida não é só isso que se v~e/ É um pouco mais/ Que os olhos não conseguem perceber/ E as mãos não ousam tocar/ E os pés recusam pisar/ sei lá. não sei..." 

Deixo aqui, a dica de leitura, essa obra maravilhosa, de onde capturei esse texto
  

domingo, 3 de abril de 2016

Dinâmica do barco

republicando...

Reforçando o valor da Eucaristia...

Olá Luísa...
Obrigada pelas palavras carinhosas.Fico feliz que tenha encontrado meu blog e mais feliz ainda que tenha gostado. Entre, sente e fique à vontade, a casa é nossa. Tem muito do meu amor pela catequese  por aqui.

Desejo que o 'encontrão' de v0cês seja maravilhoso, com copiosas bençãos. Envie pra mim, fotos para que eu possa publicar aqui. É legal essa partilha de encontros assim.

Veja a dinâmica que você quer. Já usei dela em várias ocasiões, com meus catequizandos, pais, casais, jovens. Basta fazer algumas adaptações de acordo com a idade e ocasião.
O exemplo abaixo trabalhei com casais...


Dinâmica: SUA VIDA É COMO UM BARCO

Primeiro somos chamados por Deus à vida. Depois fomos chamados para construir uma família. Esta nossa  vida familiar vamos representar como um barco(vida) que navega em alto mar(mundo)

 E lá estamos nós, navegando, navegando e nem sempre navegamos em águas calmas, por vezes o mar se encontra agitado, de tal forma que as ondas nos atingem, entrando dentro desse barco... 

De repente você percebe que  o barco pesa pelo lado direito...
O que está acontecendo com nosso barco? Não vamos permitir que ele se afunde!
A falta de diálogo, inveja, ambição, drogas, más companhias, bebidas, televisão com todo tipo de informações, computador, redes sociais, inveja, desemprego...
Vamos retirar de dentro do nosso barco tudo isso para que ele se equilibre novamente. (Cortar a ponta do lado direito do barco)

Navegamos mais um pouco e de repente percebemos que agora é o outro lado

que está pesado Precisamos tirar mais alguma coisa deste barco: Egoísmo, infidelidade-divórcio, doenças, ciúmes em excesso, impaciência, desamor, mentira, falta de oração..(Cortar a ponta do lado esquerdo do barco)


Percebemos agora que existe uma parte do barco que aponta pra cima, é a nossa fé em Jesus que nós queremos ter sempre dentro do nosso barco, esta nossa fé nós vamos guardar e cuidar com carinho para nos sustentar na nossa jornada. (Cortar a ponta de cima do barco e colocar em algum lugar visível)

Vamos abrir este nosso barco e ver como ficou (Abrindo parece uma camisa)


Está é a camisa do Cristão, somos atletas de Cristo, e como bom atleta que somos temos que usar, suar muito essa camisa para que nosso time sempre vença (colocar alguma coisa sobre o nosso dever de ser cristão)sair do nosso comodismo, participar da comunidade, das missas, quem as de alguma pastoral, da catequese, dos encontros com os pais, dos sacramentos... confissão, eucaristia...ajudar os mais necessitados...


Depois de suarmos esta camisa, nós podemos ter certeza disto (Abrir a camisa e mostrar a cruz sinal da certeza da nossa Salvação)
Só conseguiremos esta salvação se assumirmos a proposta de Cristo (Olhando através da cruz podemos ver nosso próximo e entender suas necessidades)

Como vamos nos manter firmes nesta caminhada de cristão não deixando que nosso barco afunde. Temos que nos alimentar, e aqui está o único e verdadeiro alimento para nossa alma, que nos faz fortes e perseverantes (Esta pontinha do barco que guardamos - mostrar e
perguntar o que é, resposta: eucaristia - está é a certeza que Jesus estará sempre dentro do nosso barco para enfrentar conosco qualquer tempestade).
 

Obs.: Os quatro pedaços de papel que retiramos da ponta do barco são os remos. Nós usamos dois remos e os outros dois remos são de Jesus que está sempre em toda nossa caminhada nos ajudando.

(leitura Mt 8, 23 - 2)